terça-feira, novembro 11, 2008

no princípio

as vezes eu quero escrever. aí eu penso, viajo, penso de novo, me animo, começo a escrever... aí eu penso: ah! que merda, ninguém vai ler mesmo. e paro. uns dias lá adiante, eu me lembro daquele texto que comecei a escrever há uns dias lá atrás e não terminei. bah! aí fica uma loucura. porque eu faço toda uma análise de qual o porque de eu não conseguir concluir as coisas. do céu a terra, no sagrado e no profano, tento encontrar motivos e entender o que pensam as minhocas da minha cabeça. as vezes eu penso demais e não faço nada. por exemplo, esse blog. o projeto desse blog existe há 3 anos. ah. no começo eu até coloquei uma receita, fiz um texto curto... mas foi isso. depois parou. pois é, por que? bah! não sei. de repente foi um pouco de preguiça, ou desmotivação, ou esquecimento. ou um pouco disso tudo junto. pois é, mas também passa por eu sempre achar que tenho idéias legais, mas não consigo colocar em prática. porque novamente eu penso [como necessidade de aprovação.]: ah! que merda, ninguém vai ler mesmo. o pior é que todo mundo tem idéias legais e muitas vezes não as colocam em prática. paciência. cada um sabe qual orientação dar a sua vida. e então eu penso: mas por que eu tenho que ter necessidade de aprovação das pessoas? então, foda-se!!!!! vou tentar escrever. seja o que for. porque essa é a ideia dessa rota das especiarias desde o principio quando deus disse: - faça-se a luz. e a luz se fez. to feliz por tá colocando em prática. vamo lá.


eu sempre gostei de andar por ai, de falar com as pessoas, de viajar, de conhecer, de aprender, de explorar e de escrever também... então, me lembrei um dia das aulas de historia sobre as navegaçoes, os descobrimentos, sendo o descobrimento da nossa américa um desvio de uma das rotas de navegação, a rota das especiarias. na verdade, muitas foram as rotas das especiarias, porque intercâmbio cultural e globalização existem desde que o mundo é mundo. quando ainda não existiam naus e caravelas, resistentes o suficiente para alto mar, as rotas do velho mundo eram feitas por terra: a pé ou tração e transporte animal. júlio césar comia sorvete, que foi mais uma invenção chinesa. [a china vai dominar o planeta.] milho, pimenta, batata, tomate e chocolate chegaram a europa depois de 1492. eram exclusividade do novo mundo. mas a rota das especiarias, em caixa alta que aqui não está, era uma rota que saía da península ibérica, costeava toda a áfrica, atingia o mar da arábia ate as índias. ali, os europeus comercializavam com os asiáticos. entre muitas coisas diferentes, quatro produtos em especial, todos vegetais, eram as desejadas especiarias: o cravo, a canela, a pimenta-do-reino e a noz-moscada. um intenso intercâmbio. odores, cores, sabores, sons, e sensaçoes... prazeres, desejos. e é muito bom satisfazê-los. e satisfazer os desejos sem culpa! intercâmbio, trocas que aconteceram em muitos sentidos e em vários níveis...


bom, e aquela rota das especiarias lá atrás, em caixa alta, deu a idéia dessa rota das especiarias aqui, ínfima, sem honras, e virtual... mas a idéia é a mesma: viajar por ai, intercambiar. tentar dialogar de modo prazeroso sobre um pouco de tudo, gastronomia, cultura, politica, aventura, viagem, esporte, arte, sexo, fé, trivialidades.. sei lá.. sobre o que se quiser falar... não importa se é picante, ou salgado, ou doce, ou ácido ou amargo. que seja musica, ou que seja imagem, que seja alegria, ou que seja tristeza... seja o que for. to tentando não criar expectativa sobre isso aqui. porque logo mais eu me desanimo de novo e ai paro de escrever. tomara que não!! [alguém se lembra de mulher barriguda?] e se por acaso eu tiver a sorte de ter colaboradores, vai ser mais um prazer! e uma motivação também. porque eu gosto de intercâmbio, afinal de contas.



esse texto vai pra de, pro ivan e pro marco. valeu, vocês 3! (L)